American Horror Story: Cult 7x09 – Drink the Kool-Aid


Os cultos da vida real.
Um dos meus episódios favoritos em “American Horror Story: Cult”, e o personagem de Evan Peters continua mesmo arrasando! Quer dizer, ele é detestável e tem uma índole toda deturpada, mas a atuação é brilhante. E, pela primeira vez, eu gostei de Ally! Realmente gostei dela. Agora vamos dizer, “American Horror Story” está em seu melhor quando mescla a ficção com a realidade, quando traz esse estilo meio de “documentário”, que me fez pensar tanto em “Asylum” quanto em “Roanoke”, minhas duas temporadas favoritas, e essas histórias de cultos verdadeiros realmente arrepia. É tudo tão brutal, tão assombroso e tão doentio. Mas que narração sensacional… tudo é narrado por Kai, com uma lanterna no rosto, numa espécie de “festa do pijama” com seu exército… uma das melhores introduções de episódio na temporada.
Tudo começa com o “Heaven’s Gate Cult”, em 1997, com 39 pessoas que se mataram envenenando-se, para se unir a uma nave que supostamente estaria no fim de um cometa que aparece pela primeira vez depois de 2500 anos, ou algo assim. Depois, David Koresh, com um total de 79 mortes, fossem por tiro ou pelo incêndio. E como as histórias de seitas de Kai Anderson estão escalando, chegamos à assustadora história real de Jim Jones, 918 mortos, um suicídio em massa… e Evan Peters interpretando uma infinidade de personagens. Bem que disseram que teríamos muito Evan Peters nessa temporada, para compensar as duas últimas. E aquele culto liderado por Kai está mesmo disposto a fazer tudo por ele, inclusive “cortar os seus testículos fora”, que é apenas um exemplo, mas é doentio… chega a dar uma angústia só de pensar.
Wow.
E agora Kai vai para o senado.
O episódio traz o “reencontro” de Ally e Ivy, com um poderoso “Why did you join a cult? Why did you destroy our family? WHY?”, e foram algumas das cenas mais fortes das duas. Enquanto Ally enfrentava Ivy, ela chorava, destruída, e os diálogos estavam incrivelmente bem escritos! Ally agora é quase uma nova personagem, que assume uma força que não conhecíamos, enfrentando seus medos, trazendo um gibi do “Twisty” para Oz, por exemplo. E as coisas começam a ficar sérias quando Kai propõem que todos “bebam o sumo”, como Jim Jones, e parece que todos estão se matando, mas é um perverso teste para ver quem é fiel “à causa” e quem não é. É brutal e doente, mas entrega uma das melhores cenas do episódio, capaz de explicitar todo o horror do culto. “This is not suicide. It’s a revolutionary act. The world will be talking about us forever”.
A angústia também toma conta quando Ivy e Ally pensam em fugir, e descobrem que “alguém levou Oz da escola, 30 minutos atrás”. Aqui, “American Horror Story” faz um belo trabalho na construção do suspense. Nós não sabemos o que Kai quer com Oz, nós não sabemos o que ele vai dizer ao garoto quando os mindinhos se encontram, e quando Ally e Ivy o encontram, ele está quase bebendo de algo, que pode ser envenenado ou não. Mas eu prendi a minha respiração quando Oz bradou que “I want to stay with daddy”. E o mais louco de tudo é que Kai consegue entrar na mente de Oz com muita facilidade, ele é suscetível a sugestões, uma criança – e o episódio impõe a dúvida de se Kai é mesmo pai ou não de Oz, porque ele poderia ser. Ele doou esperma para a clínica que Ally e Ivy escolheram para engravidar.
Forte.
O consenso é de que “enquanto Kai pensar que Oz é seu filho, ele estará a salvo”. Talvez. Talvez não. Afinal de contas, Oz realmente IRRITA o Kai desmentindo-o com informações que encontrou na Wikipédia e tudo o mais… mas isso não importa. Importa o “jantar” macabro que Ally prepara para Ivy. Aquele clima todo de tensão crescente, um nervosismo de quem sabe que algo está para acontecer. “So I chose revenge. On you”. Quase tão fria e esperta quanto Kai, Ally realmente planejou tudo e interpretou um personagem: ela não quer Ivy de volta, nunca quis, ela quer vingança. E por isso a envenena, no macarrão e no vinho, e é uma cena forte, mas eu aplaudi a interpretação de Sarah Paulson. E Ally se tornou incrivelmente mais interessante… a morte de Ivy, lenta e dolorosa, foi traumática, e Ally estava se regozijando ao assistir.
“I already have. I put arsenic in the wine. And the pasta”.
Das duas coisas que Ally queria, 1) ter o Oz só para ela, e 2) assistir a Ivy morrer, uma delas ela conseguiu. Eu gosto dessa nova faceta de Ally. Mas o outro ainda está em andamento. Primeiramente, Ally se assegura de que Oz não é filho de Kai, e depois de fazê-lo acreditar que é. Nesse momento de sua vida, Ally precisa ter muito sangue frio, e está fazendo bem o papel, conectando-se a Kai de uma forma profunda. Ela está vencendo, pela primeira vez. E finalmente Kai conseguiu o filho que, no episódio passado, ele tanto queria conceber. “We made a messiah baby”. A sequência de convencimento de Ally é doentia, mas muito bem articulada, e eu estou curioso para saber que rumo isso tomará nos próximos dois episódios, os últimos da temporada… o corpo de Ivy é colocado junto aos pais de Kai, e o episódio termina com um abraço e uma frase assustadora.
“Now we can be a real family”

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