Star Trek: Discovery 1x10 – Despite Yourself


“Captain… I’m afraid I don’t know where we are”
Para mim, O MELHOR EPISÓDIO de “Star Trek: Discovery” até agora, e me faz pensar que tudo o que vimos até agora era só um preparo para não chegarmos abruptamente à essa versão da realidade em que nos encontramos agora… eu sou apaixonado por STAR TREK, e eu adoro essa visão da ficção científica, essa noção de “universos paralelos”, que eu amo ver explorada em várias mídias. A tripulação da USS Discovery percebe que há algo de errado com esse lugar onde estão quando uma nave de vulcanos rebeldes atiram contra a Federação, e então eles percebem que há diferenças notáveis entre um lugar e outro. “Unless… this is not our universe”. A Rede Micelial e Stamets levaram a USS Discovery até o Império Terráqueo, um lugar dominado por humanos opressores e xenofóbicos, que odeiam tudo o que é diferente. Um lugar deveras desprezível.
Nesse Império Terráqueo, comandado por um “Imperador Sem Rosto” (teorias já circulam a respeito de sua identidade!), doppelgängers deles circulam pelo universo, e a melhor opção para se protegerem enquanto não conseguem voltar para casa parece ser se passar pela outra versão da Discovery. A começar por seu capitão, que não é Lorca, mas sim SYLVIA TILLY. Então eles começam a encenação… precisam se passar totalmente pela “ISS Discovery”, do Império Terráqueo, em visual, em uniformes e na maneira de se portar… é genial, e angustiante. Porque não é nada fácil. A “Capitã Killy” não tem nada a ver com a Cadete Tilly que conhecemos, e ela precisa encarnar essa versão muito mais fria e desumana de si mesma. Para isso, ela tem a ajudinha do figurino, e eu devo dizer: GOSTO MUITO DOS UNIFORMES DO IMPÉRIO TERRÁQUEO!
“Happy hunting. Long live the Empire!”
Enquanto isso, também acompanhamos o drama de Tyler enquanto descobrimos, quase que com certeza, o que aconteceu com ele na época em que esteve na nave Klingon. Quando ele invade a nave klingon em busca de informação sobre esse universo em que se encontram, ele não tem condições de estar ali. Suas mãos tremem, ele sua, e flashes do passado lhe vêm à tona, e por isso ele vai em busca da Klingon que eles mantêm prisioneira na Discovery: “You can’t hurt me anymore. […] What did you do to me? On the prison ship?” Nós estamos vendo as coisas do ponto de vista de Tyler, mas as informações da Klingon são perturbadoras. Sobre como eles fizeram o que fizeram juntos, como ele tinha um “apetite” imenso. E tudo é bem CONFUSO e alarmante. A cena mais desconcertante é quando ele fala klingon, e pergunta para ela quem é, e ela pede que ele diga seu outro nome.
Voq?
Uma das cenas mais complexas e desconfortáveis de se assistir envolvem Tyler com Hugh Culber, querendo entender o que está acontecendo com ele. E a cena em que os resultados saem é DESESPERADORA. É uma confirmação para a teoria de que Ash Tyler é, na verdade, Voq, mas eu não sei se estava preparado para isso, mesmo com a teoria circulando há tempos. Aqui, Hugh fala sobre como os klingons encolheram todos os seus órgãos, seus ossos e até a espinha. Para “fantasiá-lo” de humano, embora isso ainda não seja dito dessa forma. Os Klingons o alteraram física e mentalmente, construindo um humano bom e todo fofo, mas no fundo ele é um assassino. A maneira como ele “deixa de ser ele mesmo” para atacar Hugh daquela maneira quando ele quase o proíbe de ir na mais nova missão… aquilo me deu um nervoso e uma angústia tremenda!
Pobre Stamets!
Tô triste.
A tripulação, perdida em um outro universo, agora interpreta o papel quase selvagem de suas versões no Império Terráqueo. “We are now the ISS Discovery”. Nessa versão, Burnham, Capitã da ISS Shenzhou, supostamente morreu, assassinada por Lorca, que encabeça uma revolta contra o imperador, que ela foi enviada para deter. Agora, o plano é que nossa Michael Burnham retorne à ISS Shenzhou como Capitã, com Lorca como seu prisioneiro, e ela dirá que sua morte foi forjada para poder caçá-lo. Arriscado e complexo, mas genial. O plano, ao entrar na ISS Shenzhou de volta, é descobrir arquivos sobre a USS Defiant, do mundo deles, outra nave de seu universo que, no futuro, acabou no passado desse universo – descobrindo como eles chegaram ali, talvez eles saibam como voltar para casa. Então, cada um interpreta o seu papel… E WOW!
Tilly estava ÓTIMA como capitã, devo dizer isso! Se saiu super bem contra o Capitão Connor, fazendo uns comentários dignos de sua contraparte nesse “Universo Espelho” (apresentado pela primeira vez lá em “Mirror, Mirror”, na série clássica!), toda durona e cruel. Burnham, por sua vez, sabe o que faz. E, inicialmente, parece difícil tentar manter o disfarce e proteger Lorca (como daquelas “cabines de agonia”, por exemplo) ao mesmo tempo, mas quando Connor a ataca no elevador para que a tripulação “o respeite”, ela precisa atacar de volta em autodefesa, e eu acho que isso, de certa maneira, intensifica o seu personagem do Universo Espelho… faz com que as pessoas acreditem mais nela. Afinal de contas, ao matá-lo, ela é aplaudida por esse grupo de pessoas doentias que habitam uma versão alternativa e cruel de nossa realidade.
Vamos ver quais são os planos para o restante de “Star Trek: Discovery”…
…mas levá-los ao Universo Espelho foi uma das MELHORES ESCOLHAS!

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