[Season Finale] The Good Place 2x13 – Somewhere Else


“What do we owe to each other?”
Que prazer poder voltar para a review de mais um SEASON FINALE de “The Good Place” e dizer que é tão surpreendente quanto o primeiro. Sempre com um roteiro impressionante, surpreendente e repleto de reviravoltas, ganhamos um novo plot twist final que nos deixa ansiosos pela terceira temporada, já confirmada – e o mais interessante é que já podemos perceber que será uma proposta totalmente nova no próximo ano. QUE SÉRIE ESTUPENDA! Admiro, a cada semana mais, o belíssimo trabalho dessa equipe de roteiristas, que trabalha com um elenco incrível em episódios de 20 minutos repletos de informação e possibilidades, e nós nunca temos ideia de para onde a série está indo. Como eu não tinha ideia do que aconteceria quando a Juíza tomou a decisão de mandá-los de volta para o Bad Place, mas Michael e Janet chegaram no último minuto.
Michael está determinado a conseguir uma chance para os humanos – ele diz que, talvez, o sistema pelo qual julgam as pessoas não seja correto, afinal de contas não devia ser possível que alguém melhorasse depois da morte, e mesmo assim, várias vezes, ele viu eles melhorarem, aprenderem, se tornarem gentis uns com os outros. Tudo parece em clima de despedida. Tahani e Eleanor compartilham uma das cenas mais fofas (e divertidas, com aquele “The little voice in your head sounds like the old lady from Downton Abbey?” “Oh, yeah, sorry. Maggie Smith is my godmother”), e elas acabam valorizando a amizade uma da outra e como a outra foi importante para que elas melhorassem como melhoraram, e se abraçam no sofá… uma cena linda. Outras pessoas também decidem “tomar decisões”, como é o caso de Janet e de Chidi.
Janet aparece com um súbito “Hi, Jason, I love you”, decidindo não mais esconder ou racionalizar os seus sentimentos, e colocá-los para fora de uma vez, e Chidi escuta o que eles estão dizendo e acaba se dando conta de algumas coisas ele mesmo (“Alright. Whatever. You’re not really a part of this, Chidi”). Então, fazendo o mesmo que Janet, Chidi deixa de racionalizar e expressa o que sente, em uma cena linda em que ele caminha até Eleanor e, sem dizer nada, A BEIJA. E é um beijão de verdade, muito bonito! “Hot diggity dog!” Por isso tudo, quando Michael e a Juíza sugerem que eles sejam mandados para Medium Places individuais, porque cada Medium Place precisa ser “personalizado”, por algum tempo entre 1 mês e 1 milhão de anos, a ideia não parece nada boa. Voltar para o Bad Place e ser eternamente torturado também não é melhor, though.
“I’ll say it. Both these options suck”
Então o Michael tem uma ideia REVOLUCIONÁRIA, e essa é a base do plot twist que aguardávamos para o último episódio da temporada. Ele e a Juíza sabem que é um pouco louco, mas o Michael diz que “são só quatro pessoas”, e é a maneira perfeita de provar se eles realmente podiam melhorar na Terra antes da morte ou não: por isso, Michael impede a morte de cada um, devolve-os para suas vidas. MINDBLOWING. O estalinho, os olhos se abrindo, e Eleanor está na frente de um supermercado, sendo extremamente grossa com um “cara do meio ambiente”, quando a mistura de margarita cai, e ela se abaixa para pegá-la… os carrinhos de supermercado vêm em sua direção, O MOMENTO DE SUA MORTE. Mas uma figura “misteriosa” (era o Michael!) a tira do caminho dos carrinhos e ela observa quando eles batem no caminhão à frente.
Ela foi salva. A morte de Eleanor foi revogada.
A experiência de “quase morte” muda a sua atitude de imediato:

“My name is Eleanor Shellstrop, and I think I might be a monster. I'm rude, I'm selfish, I cyberbullied Ryan Lochte until he quit Instagram, but something happened to me today, and from now on, I'm gonna try to become a better, kinder, more generous person”

As pessoas que a conheceram em vida acham chocante, e comentam “Did you get hacked?” na internet, e realmente parece absurdo para a Eleanor em vida, mas não para a Eleanor que conhecemos no “Good Place” e que tanto amamos. É condizente com sua nova personalidade. As conversas com as amigas já parecem vazias, e Eleanor está mesmo mudando. Ela arruma o quarto, deixa a amiga usar o seu cartão de crédito sem chilique, e o texto que ela postou é sincero e bonito. Depois, ela chega ao trabalho e diz que o que eles fazem é errado e pede demissão. QUE ORGULHO DA MINHA MENINA! “Dude, get help. I’m becoming a better person, you should too”. Ela quase tem os seus momentos de recaída, mas ela emenda comentários para que eles fiquem mais amenos, enquanto tenta realmente mudar e ser uma boa pessoa.
Então, as coisas seguem mudando, a nova Eleanor em vida vai pedir desculpas ao carinha do supermercado, e mais do que isso: “Do you think you could help me out, teach me to get all horny for the environment or whatever?” ELA SE JUNTA A ELE. E tudo vai sendo tão bonito, essa construção da NOVA ELEANOR, ainda em vida, independente de seu desejo de ir para o “Good Place” ou não. Michael e Janet também celebram, orgulhosos, e dia após dia após dia, Eleanor fica mais envolvida, dá ideias nas reuniões, sorri, entrega panfletos, recolhe lixo do chão de quem joga fora da lata de lixo, agindo tão naturalmente que é quase com indiferença. Ela até pensa em virar vegetariana, e confessa toda a história da “DRESS BITCH” para a amiga, contando toda a verdade, e ela conta todos os detalhes, e eu admiro a sua sinceridade. “I’m still really glad we told the truth”.
Mas então ela começa a se cansar.
Na verdade, MESES se passam. Eleanor passa SEIS MESES sendo “uma boa pessoa”, e então ela começa a vacilar. Ela vai ficando mais cansada, ela está em um apartamentozinho ruim depois de ser expulsa da casa da DRESS BITCH, quase dormindo nas reuniões, mas ela ainda é uma boa pessoa. Ela bate em um carro no estacionamento e deixa um recadinho de desculpas com o seu nome e telefone, mas essa é a gota d’água. A mulher, que nem estava no carro na ocasião, resolve processá-la, e ela se dá conta de que “ser bom não adianta”. Realmente, é uma coisinha complicada. Mas a frustração a leva de volta aos maus costumes, à época antes da sua morte. Chamando os outros de “idiota”, ficando em casa sem fazer nada, a não ser bagunça, sem ir trabalhar com o pessoal do meio ambiente. E eu passei MUITO NERVOSO assistindo a esse episódio!

“What?! What, dude? I've been nothing but good for, like, six months, and all I have to show for it is this crummy apartment, a lawsuit, a loose caboose, and an overdrawn bank account. Being good is for suckers. What do you even get out of it?”

Achei que não tínhamos mais esperanças. Ela expulsa o garoto da casa, volta para o trabalho antigo, e Michael e Janet comentam: “You realize what the problem is, right?” “Yes, but there’s no way to help”. E a verdade é que TEM COMO AJUDAR. Então Michael aparece na vida de Eleanor no seu ANIVERSÁRIO, também o dia em que ela está completando um ano da sua experiência de quase-morte, e está toda bêbada em um bar, em que Michael é o bartender. E foi linda a cena, ele estava ali para conversar, para dizer coisas bonitas, para aconselhar. E ela desabafa, fala de sua frustração, do sentimento de que “ninguém se importa” se você é bom ou não, e Michael introduz o tema de “recompensa moral”, fala sobre “ser uma boa pessoa” e da “voz em sua cabeça”, a sua consciência. E, felizmente, a Eleanor ESCUTA o que ele estava dizendo.
“The real question, Eleanor, is what do we owe to each other?”
No dia seguinte, de ressaca, Eleanor acorda, abre o computador, e vê o Facebook a lembrando da sua postagem há um ano, sua decisão de ser uma pessoa melhor. Então ela pesquisa pela fala de Michael (“What do we owe to each other?”), e o que ela encontra? UMA PALESTRA DO CHIDI! Uma palestra de três horas (!) que ela quase fecha, mas que eventualmente a prende. Ela assiste as três horas inteiras, com encanto nos olhos, quase um sorriso no rosto, e o Chidi a faz pensar. Então, ela decide mudar a sua vida. “Simply put, we’re not in this alone”. Seguindo o que ele diz em seu vídeo, Eleanor realmente MUDA a sua vida. Vai atrás de Chidi (“Ana… Kendrick?”) E EU QUASE MORRI. Eleanor e Chidi JUNTOS EM VIDA. E eu realmente não sei como pode ser a relação dos dois desse modo, em vida, mas estou muito ansioso para conferir!
“Okay. Here we go”
QUERO MAIS!
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